domingo, 22 de fevereiro de 2015

Transplante de Córnea: como é feito?

O transplante de córnea é uma cirurgia que consiste em substituir a córnea doente (ou uma porção da mesma) de um paciente por uma córnea saudável, a fim de melhorar a visão (finalidade óptica) ou corrigir perfurações oculares (transplante tectônico).

Diversas doenças podem ser tratadas com o transplante de córnea, entre elas podemos mencionar o Ceratocone; Degeneração marginal pelúcida; Ceratoglobo; Distrofias corneanas; Ceratopatia bolhosa; Córnea guttata e distrofia de Fuchs; Infecções corneanas graves; Leucomas; Perfurações oculares; dentre outras.

Existem diversos tipos de transplantes de córnea, cada qual apresentando vantagens e desvantagens específicas. Inicialmente, podemos dividir os transplantes em dois tipos: Transplantes penetrantes e lamelares.

Os transplantes penetrantes são aqueles que substituem toda a espessura da córnea, enquanto os transplantes lamelares substituem apenas uma fatia da córnea. Assim, dependendo de cada caso, o médico poderá optar por um tipo ou outro de transplante.

No transplante de córnea é preciso “dar pontos”?

Isto vai depender do tipo de transplante realizado. Os transplantes penetrantes costumam ser feitos com suturas, o que é popularmente conhecido como “dar pontos”. Já os transplantes lamelares podem ser feitos sem a necessidade de pontos, dependendo da técnica cirúrgica utilizada.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Você sabe o que é ceratocone?

O ceratocone é uma doença degenerativa do olho na qual a córnea torna-se mais fina e tem seu formato modificado, assumindo um aspecto cônico, em lugar da forma esférica normal, causando distorção das imagens percebidas. Pessoas no mundo todo são afetadas, embora as estatísticas sejam muito imprecisas, indo desde 1/1.000 até 1/20.000 casos. O que parece certo é que há diferenças de prevalência entre os vários grupos étnicos.
Causas e sitomas
Não se conhece exatamente as causas da doença, mas sabe-se que ela é hereditária. Pacientes que coçam insistentemente os olhos em virtude de alergia també apresentam maiores chances de desenvolver o ceratocone no período da adolescência.
O primeiro sintoma de um paciente com ceratoce costuma ser uma ligeira visão desfocada que muitas vezes é confundida com qualquer outro problema refrativo do olho. Percebe-se mais esse efeito quando há um alto contraste no campo visual como, por exemplo, um ponto luminoso em um ambiente escuro. Em uma fase inicial, o ceratocone pode se confundir com um astigmatismo irregular. Em muitos casos, à medida que a doença progride, a visão se deteriora rapidamente; a acuidade visual torna-se muito prejudicada e a visão noturna fica muito fraca. Geralmente a doença afeta os dois olhos, mas há casos em que as pessoas apresentam visão significativamente pior em um dos olhos. Pode haver também o surgimento defotofobia (sensibilidade à luz), astenopia (fadiga visual) e aumento progressivo dos graus de miopia e astigmatismo. No entanto, essa afecção normalmente não causa dor.
Diagnóstico e Tratamento
Inicialmente, o diagnóstico do ceratocone se baseia nos sintomas e no exame clínico da córnea. O diagnóstico definitivo é feito através de instrumentos apropriados que realizam exames objetivos como a topografia corneana e a paquimetria ultrassônica.
Geralmente, a primeira tentativa de tratamento é com a correção da miopia e do astigmatismo. À medida que a doença evolui, a visão pode ir sendo corrigida por meio de lentes de contato, as quais levam a um maior aplanamento da córnea. Caso essas medidas não resolvam ou não sejam viáveis, pode-se fazer um transplante de córnea, mas esses casos representam menos de 5% do total. Contudo, mesmo após isso, se for o caso, o uso de lentes de contato não pode ser descartado.
O ceratocone em geral é diagnosticado na adolescência, mas apresenta sua maior gravidade na segunda e terceira décadas de vida. Sua evolução quase sempre é progressiva, com aumento do astigmatismo e leva entre 10 e 20 anos para evoluir, mas nunca leva à cegueira.

Fonte: ABC.Med

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Catarata – a evolução da cirurgia e o pós-operatório

Entendendo a catarata
Ao contrário da crença popular, a catarata não é uma “película” sobre o olho. Na verdade, ela é um espessamento gradual do cristalino, deixando-o turvo, ou seja, a luz é distorcida ou então não consegue chegar até a parte de trás do olho para a correta transmissão ao cérebro.

Em geral, existem duas causas principais de catarata: adquiri-la ao longo da vida ou já nascer com ela. Há uma variedade de fatores para o desenvolvimento da catarata: exposição à luz ultravioleta de forma continuada e sem a correta proteção; trauma ocular; doenças sistêmicas; toxinas, como o uso crônico de corticóides; e causas secundárias, tais como cirurgias oculares, inflamação crônica e alguns tipos de glaucoma. Já as cataratas congênitas, aquelas adquiridas ao nascer, são mais raras. Aproximadamente um terço das crianças com catarata congênita a herdou.

Os procedimentos cirúrgicos
Atualmente, são realizados dois tipos de procedimentos para o tratamento de catarata. São eles: a cirurgia extracapsular e a facomulsificação.

A facomulsificação é a técnica mais utilizada e menos invasiva, uma vez que exige uma incisão minúscula na lateral da córnea.

A cirurgia extracapsular é normalmente realizada com pacientes que prolongam a realização da cirurgia o que torna o cristalino natural bem mais rígido. Um ponto negativo dessa técnica é a necessidade de uma incisão maior, exigindo mais tempo de recuperação do paciente.

Dúvidas do pós-operatório
Embora a experiência de cada pessoa seja única, existem alguns comportamentos semelhantes à maioria das pessoas submetidas à cirurgia de catarata. Após o processo cirúrgico o paciente pode se sentir um pouco tonto por causa da anestesia, o que é normal. As primeiras 24 horas o olho ficará sensível ao toque e até mesmo “arranhando” por alguns dias. Passados 6 meses da cirurgia, sua visão estará nova e pronta para fazer tudo que a saúde permitir.

Após o procedimento, seu médico fornecerá instruções específicas que poderão ajudá-lo a entender tais comportamentos e, consequentemente, a se recuperar de forma mais rápida.
Visite seu oftalmologista regularmente e faça exames.   


Fonte: Revista Focus Brasil

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Ergoftalmologia – a boa relação entre a visão e o trabalho

As condições do ambiente de trabalho, a umidade relativa do ar, a ventilação, a temperatura e a iluminação podem afetar diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores. No espaço doméstico não é diferente. Pessoas podem ser afetadas pelas condições irregulares, chamadas de “microclima ambiental”, além das tarefas que exigem atenção ficarem prejudicadas. Algumas providências podem ser tomadas relativas aos cuidados com os olhos e com a postura corporal, principalmente durante o uso de computadores, leituras prolongadas ou tarefas repetitivas nos diferentes locais.

Quando se prende a atenção a algum objeto, como televisão, computador ou leitura, é normal haver a diminuição do número de piscadas, o que determina uma evaporação maior da lágrima com o conseqüente ressecamento da superfície ocular. Sintomas oculares, como ardência, lacrimejamento, visão borrada, dor ocular e sensação de fadiga podem ocorrer.

Cuidados para não afetar a visão
O uso do ar-condicionado, por exemplo, determina a diminuição da umidade relativa do ar, deixando seco e aumentando a evaporação da lágrima, pois apresenta a diminuição do número de piscadas.

Outro fator que pode interferir na visão são as condições de iluminação em relação ao uso do computador. A iluminação ambiental deve ser homogênea e controlada, ou seja, o local deve estar iluminado por igual, sem interferir no campo visual do trabalhador.
A postura é outro fator que pode atrapalhar a visão. A cabeça deve seguir o alinhamento da coluna vertebral, que deverá estar reta e encostada na cadeira. Quando a posição corporal se repete de forma inadequada, é possível perceber alguns sintomas, como: tensão no pescoço, dores nos ombros, coluna, pernas, braços, mãos e punhos. A angulação do olhar é outro ponto de atenção. O olhar do usuário de computador deve estar ligeiramente voltado para baixo, entre 15 e 25 graus. Assim a pálpebra protegerá boa parte da superfície ocular, diminuindo sua exposição e melhorando a lubrificação dos olhos. A má postura ocular pode causar lacrimejamento, fotofobia, olhos vermelhos, olheiras, dores de cabeça e irritabilidade.  


Dicas para a ergoftalmologia
- Cuidado com o uso de notebooks para evitar problemas posturais.
- Evite utilizar notebooks no colo ou na cama.
- A cada hora de trabalho no computador, faça uma pausa por cinco minutos para descansar. Estique as pernas e faça alongamentos dos braços, pescoço e tronco.
- Durante a pausa de cinco minutos, dirija seu olhar para um local distante, como uma janela. Assim a musculatura ocular trabalhará, evitando a fadiga.
- Faça manutenção periódica de computadores e equipamentos.
- Faça um check-up ocular anual.   

MITO X VERDADE
Mito: as telas de LCD emitem radiação danificando os olhos?
As radiações emitidas não ultrapassam 5 cm da tela, o que não determina risco aos olhos. 
Verdade: ter um copo de água em cima da mesa de trabalho ajuda a prevenir o ressecamento dos olhos? Verdade.
O copo de água ajuda a umedecer o ar que está a sua volta.


Fonte: Revista Focus Brasil