terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O que é Heterocromia?



A heterocromia é o quadro em que a mesma pessoa tem olhos de cores diferentes. A íris é o tecido que dá cor aos olhos, que em geral são verdes, azuis, castanhos, pretos ou acinzentados, de acordo com a quantidade de melanina presente neles. Estima-se que seis a cada mil pessoas apresentam heterocromia, porém alguns casos não são nem perceptíveis.
Em geral, uma das íris pode ser mais clara ou mais escura do que a coloração normal do olho.
Causas
A heterocromia pode ser congênita ou adquirida. Em geral a heterocromia congênita é de origem genética, é essa é a principal causa do problema. Mas ela também pode ocorrer devido a alguns problemas congênitos:
  • Síndrome de Waardenburg, uma condição genética que causa perda de audição e mudança na coloração do cabelo, pele e olhos
  • Síndrome de Horner, que engloba um grupo de danos na enervação do sistema nervoso simpático com um dos olhos, causados no nascimento ou dentro do útero. O lado afetado tem uma pupila menor e a íris mais clara.
Por isso é importante que a criança que nasce com heterocromia seja examinada por um pediatra e um oftalmologista.
Já a heterocromia adquirida é causada por alguma doença ou condição, como:
  • Irite (inflamação da íris) ou uveíte que podem ser causadas por tuberculose e herpes simples, entre outras doenças
  • Traumas bruscos em um dos olhos
  • Sangramento na íris
  • Glaucoma ou algum tipos de colírios usados em seu tratamento
  • Presença de corpo estranho no olho
  • Presença de sangue na câmara anterior
  • Tumores benignos na íris, cistos ou abscessos.
  • Melanoma maligno na íris
  • Neurofibrimatose
  • Mudanças na íris causadas pelo diabetes ou por alguma oclusão na veia central. 


Buscando ajuda médica
Caso a heterocromia apareça no nascimento, a criança deve ser examinada por um pediatra e um oftalmologista o mais cedo possível, para verificar se o sintoma não está relacionado a alguma síndrome congênita.
Quando um olho muda de cor repentinamente, é importante buscar avaliação médica imediata, para verificar qual foi à causa.
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar.

Fonte: Minha Vida

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O que é Estrabismo?

      O estrabismo é um desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os olhos não fiquem paralelos. No estrabismo, ou vesgueira, enquanto um dos olhos olha em frente, o outro está desviado.
Causas
Seis músculos em cada olho controlam os movimentos dos olhos. Para focalizarmos ambos os olhos em um objeto, todos os músculos de cada olho devem estar "balanceados" e trabalhando harmoniosamente. O cérebro controla estes músculos através de impulsos nervosos. Assim, doenças que afetam o cérebro, como paralisia cerebral, Síndrome de Down, hidrocefalia, prematuridade, viroses, traumas e tumores cranianos são acompanhadas frequentemente de estrabismo.
Tipos
Existem diversos tipos de estrabismo; o olho afetado pode estar desviado em direção ao nariz (estrabismo convergente), para o lado (estrabismo divergente), para cima ou para baixo (estrabismo vertical). Pode haver uma combinação de desvio horizontal e vertical num mesmo paciente, como, por exemplo, em direção ao nariz e para cima.

Sintomas

Os olhos não ficam paralelos. O estrabismo pode estar presente já no início da vida ou surgir mais tarde, ainda na infância. Pode também aparecer ainda mais tarde, mesmo em adultos, neste caso geralmente causado por alguma doença física não ocular, como o diabetes e doenças neurológicas, ou devido a um traumatismo na cabeça. A incidência, neste último caso, tem-se tornado mais frequente com o aumento dos acidentes de trânsito. Quando surge no adulto, ou na criança grande, o primeiro sintoma do paciente é a visão dupla. Nos estrabismos adquiridos mais cedo, não há esse sintoma.
Tratamento
A baixa visão pode ser curada, desde que um tratamento adequado se inicie muito cedo, antes dos dois anos de idade. Depois disso, as possibilidades de cura pioram rapidamente, pois células cerebrais atrofiadas não podem ser recuperadas. É por esse motivo que o estrabismo é uma questão de urgência. A criança deve consultar um médico oftalmologista especializado em crianças o mais rapidamente possível, assim que o desvio dos olhos é percebido. Por outro lado, todas as crianças devem fazer um exame oftalmológico de rotina, mesmo que não haja nenhuma queixa quanto aos olhos, em torno de um ano de idade, pois há estrabismos de muito pequeno ângulo de desvio, que não são percebidos pelas pessoas não especializadas, mas são suficientes para causar visão dupla. Além disso, pode ocorrer que a criança tenha um problema (miopia, hipermetropia ou astigmatismo) num só olho.

Fonte: Minha Vida

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Cuidados com a lente de contato





Armazenamento e Transporte

As lentes de contato gelatinosas, sempre que não estiverem em uso, devem ser armazenadas e transportadas em estojo para lentes gelatinosas, com boa vedação e com cavidades lisas e livres de imperfeições. A lente deve ficar imersa em solução de conservação específica para lentes gelatinosas, registrada na Anvisa para este fim. A cavidade do estojo deve permanecer com solução abaixo de sua borda para evitar que, ao flutuar, a lente seja danificada pela tampa do estojo.

Limpando suas lentes de contato
Para realizar a limpeza da lente de contato, utilize somente soluções registradas na ANVISA para esta finalidade. Higienize suas lentes antes de colocar e após retirar, para que possam ser acondicionadas limpas e em soluções adequadas.


Guardando as lentes no estojo
Enquanto não estiverem em uso, as lentes de contato devem ser mantidas completamente imersas na solução de conservação recomendada. Observe cuidadosamente para não inverter a posição das lentes ao acondicioná-las no estojo.

Manuseando as lentes de contato
Lave as mãos com sabonete neutro para remover qualquer resíduo de cosméticos, óleo, poeira, nicotina, etc. Enxágue bem e seque as mãos cuidadosamente cada vez que for manusear suas lentes de contato para não danificá-las. Tenha cuidado ao manusear suas lentes de contato, pois sua superfície pode agregar substâncias provenientes do ambiente, do estojo, de suas mãos e de sua lágrima. Tais depósitos podem ter como consequência um possível desconforto e o comprometimento da vida útil da lente, da qualidade da visão e efeitos adversos à saúde de seus olhos.

Atenção Especial
- Não arrastar as lentes de contato sobre qualquer superfície para evitar que as mesmas se rompam ou arranhem.

- Não utilizar lentes de contato e soluções de limpeza e conservação com prazo de validade vencido.

- Não utilizar saliva ou produtos que não os recomendados para lubrificação e umectação das lentes.

- Não tentar remover possíveis depósitos que possam aparecer na lente - caso isso aconteça, encaminhe as mesmas para análise.

- Nunca usar as unhas, pinça ou outras ferramentas impróprias para remover a lente do seu estojo - caso necessário, utilizar pinças com pontas de silicone.

- Lentes que foram quimicamente higienizadas podem absorver componentes da solução desinfectante, podendo ser irritantes aos olhos. Um enxágue minucioso da lente de contato com solução própria para este fim, antes de colocá-la no olho, reduzirá o potencial de irritação. 

 


Fonte: Optolentes

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Como manter seus olhos saudáveis







Nossos olhos são constantemente expostos a uma série de fatores ambientais, como já falamos aqui no blog, que podem irritá-los– poeira, raios UV, partículas estranhas e tantas outras coisas. É por isso que consideramos importante conhecer tudo aquilo que faz bem para os nossos olhos, assim como o que pode prejudicá-los. Veja a seguir algumas dicas úteis:

Checkups preventivos
Desde nosso nascimento, os olhos deveriam receber uma atenção especial. Particularmente, nos casos de crianças prematuras e daquelas cujos irmãos sofrem de estrabismo e ametropia. Toda a criança deve ser examinada por um oftalmologista entre 6 e 12 meses de idade, bem como entre os 30 e 42 meses. As crianças que são obrigadas a usar óculos desde muito cedo devem  fazer exames regularmente.

Proteção contra raios UV
Qualquer pessoa que passa muito tempo sob o sol sem proteção adequada corre o risco de sofrer queimaduras, disso todo mundo sabe. Há uma coisa que muitas pessoas não sabem, no entanto: a córnea também pode sofrer queimaduras, causando a chamada "cegueira de neve" ou "queimadura de flash". Se isso ocorrer, as terminações nervosas da córnea ficam expostas. Os sintomas incluem dor intensa, extrema sensibilidade à luz e ardor nos olhos, que ficam vermelhos e lacrimejantes. Em alguns casos, pode até levar à deficiência visual. Em longo prazo, a exposição aos raios UV pode levar ao espessamento da conjuntiva e à catarata, assim como a um aumento do risco da degeneração macular. Por isso, é importante usar óculos que filtrem a luz UV corretamente. Os óculos de sol devem ter um mínimo de proteção UVA/UVB de UV 400. Isso garante o bloqueio  dos raios nocivos da luz na faixa ultravioleta. Dica: óculos de lentes grandes são melhores do que os menores.

Ar puro
O ar puro não é apenas benéfico para os pulmões, coração e vasos sanguíneos. As córneas de seus olhos também captam oxigênio diretamente do ar. Por que fazem isso? Porque elas não têm suprimento  próprio de oxigênio. Além disso, usuários de lentes de contato devem ter um "dia dos óculos" de vez em quando, para dar um descanso aos olhos.

Computador
Estudos tem comprovado que períodos intensos de trabalho de frente a um computador e com os olhos fixos na tela, deixam os olhos muito secos porque piscamos com muito menos frequência. Por isso é importante fazer intervalos regulares, dando um descanso aos olhos.

Higiene
Os olhos são uma parte do nosso corpo, isso é óbvio. Mas isso também significa que você deve sempre  lavar as mãos antes de tocar ou esfregar os olhos.

Cosméticos
Quem gosta de usar maquiagem deve usar apenas produtos  antialérgicos e sem conservantes. Produtos que irritam os olhos agridem a película protetora de gordura da córnea. A noite, é importante lembrar-se de remover o rímel, delineador e sombra de seus cílios e pálpebras.

Cremes para a região dos olhos
Quem usa cremes para a região dos olhos deve primeiro se informar muito bem porque os produtos não devem conter óleos. Eles podem romper o filme lacrimal e causar alergias. Evite aplicar cremes faciais diretamente na área ao redor dos olhos.

Fonte: www.zeiss.com.br

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Como anda a qualidade da sua visão?




    Em pleno século XXI, a busca pela felicidade virou palavra de ordem. A felicidade inclui avaliações sobre a vida de maneira geral, no entanto, alguns fatores externos dentre os quais saude, participam deste senso tão almejado.
     A definição de saúde possui varias implicações, sendo a compreensão  mais difundida a da Organização Mundial da Saúde: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
     A qualidade da visão é parte integral da saúde e da qualidade de vida de todos os indivíduos. A visão é um dos mais importantes  sentidos e o comprometimento dessa via pode causar dificuldades nas habilidades de interações sociais e familiares.
     Localizado atrás da pupila, o cristalino é uma estrutura flexível, que muda de forma o tempo todo e que atua como uma espécie de foco automático da visão. A catarata é um problema que afeta essa estrutura, tornando opaca essa lente natural do olho e ocasionando uma progressiva perda de visão. Segundo a Organização Mundial da Saúde, essa doença é, globalmente, a principal causa de cegueira possível de ser curada.
     Embora possa ter origem variada, na imensa maioria dos casos – cerca de 85% – a catarata está associada à idade. Os avanços na técnica cirúrgica e nas lentes artificiais implantadas  permitem que tenhamos  procedimentos bem menos invasivos, com resultados muito superiores e mais previsíveis que os obtidos no passado.
     Com o aumento da longevidade e uma mudança nas atividades daqueles que atingem idade mais avançada, já não basta aos pacientes com catarata uma cirurgia que lhes devolva a capacidade de enxergar razoavelmente. Eles demandam a melhor qualidade de visão possível.
     Pra isso, as lentes intra-ocultares ocupam parte importante nesta evolução. Depois das primeiras lentes dobráveis, que já foram uma revolução em relação às antigas lentes que eram introduzidas através de larga incisão, vieram as asféricas (com melhor qualidade óptica) e, mais recentemente, as tóricas (que corrigem o astigmatismo) e as multifocais (que corrigem a visão para a leitura). Desta forma, além de substituir o cristalino opacificado, corrigem problemas relativos à ametropia(grau). Com isso, a cirurgia da catarata virou também uma cirurgia refrativa, permitindo tratar a catarata e se aproximar da isenção de correção, ou seja, o individuo opera e não necessita usar óculos para longe ou perto, contribuindo assim para a melhora da qualidade de vida.
     Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma atinge até 2% da população mundial acima dos 40 anos. A doença é a terceira causa de cegueira no Brasil, sendo a principal causa de cegueira irreversível no mundo.
     A Pressão Intraocular (PIO) continua a ser o principal fator de risco mensurável e modificável no glaucoma e a sua redução uma das principais armas terapêuticas.
     A obtenção da normalização tensional geralmente estabiliza a doença afastando a probabilidade de cegueira e melhorando a qualidade de vida dos doentes e familiares. 
     No universo clinico contamos com um amplo arsenal para controle da pressão, sendo as prostaglandinas tópicas as mais potentes.
     No campo cirúrgico, a cirurgia de trabeculectomia continua sendo a abordagem mais freqüente. Os procedimentos minimamente invasivos vem ganhando espaço como forma alternativa para controle da pressão.
     O principal e mais desafiador objetivo do tratamento do glaucoma é manter a qualidade de vida dos pacientes, a qual inclui a preservação da função visual.


Dr. Paulo Polisuk